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FESTA DOS 100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA ПРАЗДНОВАНИЕ 100-ЛЕТИЯ РУССКОЙ РЕВОЛЮЦИИ

    União Cultural

    Foi com um profundo sentimento de gratidão, que a União Cultural pela Amizade dos Povos, sucessora com muito orgulho da União Cultural Brasil-União Soviética, comemorou os 100 anos da Revolução Russa. С глубоким чувством благодарности, Культурный Союз Дружбы Народов, гордый преемник Культурного Союза Бразилии и Советского Союза, отметил 100-летие русской революции.

    Com o mesmo senso de equanimidade com que a Comunidade das Nações Unidas elegeu a língua russa, dentre centenas de línguas do mundo, como uma das 6 mais importantes da comunidade de nações, assim também o mundo considera a Revolução Russa como um dos mais importantes acontecimentos da Historia da Humanidade.

    Se a Revolução Francesa representou para o mundo a vitoria da cidadania sobre a aristocracia, a igualdade do nobre e do plebeu, a Revolução Russa representou a primazia do Trabalho sobre o Capital.

    Grandes expoentes da humanidade já diziam e proclamavam isso, décadas  antes da Revolução Russa. Por exemplo, o grande presidente Abraão Lincoln, que aboliu a escravidão nos Estados Unidos, já dizia: “Como a maioria das boas coisas da vida são produzidas pelo Trabalho, segue-se que, de direito, estas coisas devem pertencer àqueles cujo trabalho as produziu”.

    Porém a criação da primeira grande nação de trabalhadores mobilizou as forças do Capital em toda a Europa e pelo mundo afora. A nação logo sofreu agressões militares externas, muito embora o seu primeiro Decreto tenha sido o Decreto da Paz, acabando com a participação da Rússia na 1ª Guerra Mundial.

    Mas se por um lado a primeira grande nação de trabalhadores sofria sucessivas agressões, por outro lado o seu exemplo fazia também com que os donos do Capital começassem a respeitar mais os trabalhadores e trabalhadoras. Vieram as 8 horas de trabalho diárias, o direito a férias, a instituição do feriado do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que até hoje vigora, e muitas outras conquistas.

    Mas a existência daquela nação incomodava demais. Daí ter surgido Hitler, e o nazifascismo, que em reação às ideias de igualdade da Revolução Russa, criou um regime de desigualdade oficializada, de povos considerados inferiores que deveriam morrer de trabalhar para os povos considerados superiores que deveriam comandar. Era o regime ideal para os capitalistas mais extremados.

    Mas o tiro saiu pela culatra, e embora mais de 20 milhões de russos tenham morrido, o nazismo acabou sendo derrotado no campo de batalha, e o campo socialista ao invés de se encolher se expandiu.

    O poderio adquirido pela União Soviética possibilitou apoio à libertação de povos da África, Ásia e América Latina do colonialismo, racismo e imperialismo.  

    Não fosse o apoio da União Soviética, o Egito na ocasião não teria forças para nacionalizar o Canal de Suez, sob dominação colonialista, e nem teria recursos para construir a represa e hidrelétrica de Assuã, sobre o rio Nilo, até hoje a 2ª maior obra do país, depois do Canal.

    Os movimentos de libertação da Argélia, Congo, Angola, Moçambique, Vietnã, a luta contra o regime racista da África do Sul, todos esses movimentos libertários não seriam possíveis, na ocasião, sem o apoio tanto diplomático como material da União Soviética. Hoje o colonialismo e o racismo são renegados por toda a humanidade, mas na época, a situação era outra. A União Soviética foi pioneira em combatê-lo não só com palavras mas também com ações positivas.

    E este colosso que é hoje a China? Também teve grande apoio material e cultural da Rússia e muito aprendeu com a sua experiência. Quando a revolução chinesa triunfou, em 1949, a base industrial da União Soviética já estava plenamente consolidada, o que possibilitou à recém-criada República Popular da China se desenvolver a partir de uma base muito mais sólida do que aquela em que se assentou a União Soviética.

    Observamos que os principais setores de ponta da China, siderurgia, ferrovias, energia elétrica, indústria aeroespacial, usinas nucleares, também foram os setores de ponta da União Soviética, evidenciando a imensa transferência de conhecimentos e tecnologia.  

    Por exemplo, em 1937 uma ferrovia da União Soviética ganhou o prêmio por ser a ferrovia mais rápida da Europa. Hoje a China é a maior potência do mundo na área ferroviária, inclusive metroviária. A União Soviética com as maiores reservas de minério de ferro e carvão do mundo, desenvolveu uma potentíssima indústria siderúrgica. Hoje a China produz 11 vezes mais aço que os Estados Unidos. A União Soviética construiu na época as maiores centrais hidrelétricas do mundo. Hoje a State Grid da China, é a maior companhia de eletricidade do mundo e o país tem também a maior central hidrelétrica do mundo. A União Soviética construiu a primeira central eletro-nuclear do mundo. Recentemente houve um ano, em que de 10 reatores nucleares construídos em todo o mundo, 8 foram construídos na China. A União Soviética foi o primeiro país a enviar um satélite com foguete ao espaço. Hoje a China tem uma poderosa indústria aeroespacial com foguetes que enviam ao espaço satélites de telecomunicações para inúmeros países do mundo.

    Não podemos esquecer que todas essas realizações envolveram muito esforço humano, inclusive perdas de vidas, e tudo isso ficou na memória coletiva.

    Por tudo isso, se Hitler, em seu tempo, dizia e proclamava: “Der Russe muss sterben damit wir leben!” (Os russos devem morrer, para que nós vivamos), hoje o mundo reconhece: milhões de russos morreram, para que todos nós vivamos.

    Daí a nossa imensa gratidão à grande Rússia, à União Soviética!